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A Quebra De Padrão

O que há de mais eficaz em sair de um modelo para outro e iniciar algo que ninguém nunca iniciou? É o mesmo que se faz quando um texto começa por uma pergunta. Afinal, a maioria das pessoas lê algo em busca de respostas. Quando se depara com uma pergunta, literalmente quebra a sua expectativa e passa a movimentar-se rumo a uma nova resposta. Ou seja, ela mesma passa a produzir essa resposta.


Quando isso ocorre, algo natural começa a ser produzido no cérebro que causa novas sinapses, novos caminhos e - adivinhem? - novas respostas. Não há nada no mundo que seja mais producente do que começar algo novo e ter a certeza de que isso não tem previsibilidade de funcionar. Pois, somente nesse contexto, você é instigado - também - a fazer várias etapas desse novo processo de forma diferente, criando uma escala produtiva de inovação que nunca seria repetida se houvesse um parâmetro, um método ou até mesmo algo semelhante a se comparar que um dia alguém fez.


Não há nada no mundo que seja mais producente do que começar algo novo e ter a certeza de que isso não tem previsibilidade de funcionar.

Isso é o contrário da métrica, é contra-intuitivo, é a natureza do ser humano descobridor, fazedor e inovador. Sem a quebra de padrão não existiria a evolução como a conhecemos hoje. E isso nos remete ao que desejamos realmente que ocorra em nossas vidas, nossos projetos, nosso autoconhecimento, nosso padrão de pensamento. Só é possível construir um raciocínio lógico a partir de uma dialética e esta se dá pelo contraditório e instintivamente pela quebra de padrão.


E o que dizer dos modelos técnicos sem os quais a maioria das práticas industriais que conhecemos hoje em dia simplesmente não existiria? Certamente todos eles foram testados pela primeira vez em algum momento, quebrando um padrão anterior e o tornando obsoleto. Arrisco dizer que muitas tentativas foram frustradas e outras tantas foram deixadas de lado por parecerem insanas dentro daquele contexto.





Me permitam aqui citar sem as aspas o famoso pensador Seth Godin que afirma incansavelmente a quebra de paradigmas através da simples iniciativa, onde cada pessoa tem a liberdade de começar algo novo todos os dias, talvez várias coisas em um mesmo dia. Mas, irracionalmente, prefere seguir um modelo iniciado por outra pessoa pelo simples fato de que ali existe - em tese - um risco menor. Ele ainda afirma nesse raciocínio que é preciso levar em conta - sempre - que o custo de não fazer nada (0) deve ser maior do que o custo de simplesmente quebrar as regras.


O nosso cérebro primitivo não conhece a economia presente em quebrar o padrão, por isso prefere ir pelo sistema automatizado de economizar energia fazendo do mesmo jeito, sempre. Existem coisas que só funcionam de verdade (em escala e qualidade) se forem vistas por um ângulo novo. Vamos às indústrias - não tem como parar um mês da fabricação de pneus para testar um novo elemento daquela composição, certo? E agora, na hora de escrever um texto ou preparar um projeto que visa atender às necessidades de determinada comunidade, o custo de inovar é infinitamente menor do que o custo de ser enfadonho e repetitivo, não atraindo expectativa alguma para a sua ideia.


O nosso cérebro primitivo não conhece a economia presente em quebrar o padrão, por isso prefere ir pelo sistema automatizado de economizar energia fazendo do mesmo jeito, sempre.

Inclusive, seguindo a mesma lógica, posso citar - ainda sem aspas - o mestre da gestão Peter Drucker que consolidou a afirmação de que o custo de investir em um colaborador é infinitamente menor do que o custo de não investir nada. Aqui ele já estava em busca da iniciativa de buscar o novo, o diferente, o treinamento pela inovação, não necessariamente para aprender um processo a mais.


Fico por aqui, desejando a quebra de regras para você leitor, seja na sua empresa ou na sua vida, buscando ser um incansável iniciador de processos, um desbravador de ideias, sem perder a eficiência de concluir, mesmo que para isso tenha que levantar a bandeira da humildade, permitindo-se recomeçar quantas vezes forem necessárias.



"Há dois erros que alguém pode cometer no caminho para a verdade. Não completar o caminho e não começar."

Siddhartha Gautama



P.S.: Já viram nado sincronizado? Assiste o vídeo e olha como é bem legal quando algo sai fora do padrão que o seu cérebro está esperando. Ali que acontece a mágica. Entende?




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