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Falando com estranhos



Existem muitos fatores que geram confiança nas relações humanas, conectam pessoas com maior facilidade e até mesmo aceleram negócios. Alguns aspectos estão naturalmente presentes, como a capacidade de mostrar fragilidades ou demonstrar vulnerabilidade, como assumir um erro, por exemplo.


E o mais interessante nisso é o poder que existe quando ocorre ao mesmo tempo entre os interlocutores, seja em um diálogo, seja em uma negociação.

O mestre do rapport, Milton Erickson já disse certa vez que o “poder está no intercâmbio da vulnerabilidade”,

amplamente propagado por inúmeros treinadores comportamentais, hipnólogos e terapeutas, buscando melhor conexão com seus pacientes ou clientes.


Em qualquer reunião onde o principal objetivo é compreender a lógica por trás de um processo, seja ele empresarial ou até mesmo pessoal - lembremos que tudo, no final das contas, é sobre pessoas - o mais complexo é realmente é permitir que o outro se exponha, ou revele algo sobre o negócio que pode esconder os verdadeiros motivos de algo não estar dando certo.


E é aí que mora o grande salto de um processo lento, desgastado e medíocre para algo realmente capaz de realizar uma transformação, trazendo resultados mais efetivos; sejam estes reflexos de uma imagem de marca mais forte, sejam resultados mais mensuráveis como fluxo de caixa ou maior procura pelos produtos e serviços.


Não há caminhos novos que possam carregar tamanha carga de informação como os que já foram percorridos e trouxeram fragilidade e apatia nos negócios. Uma vez que os processos foram percebidos como obsoletos ou imperfeitos, facilmente se inicia uma mudança para um processo mais assertivo.

Nesse contexto que mora a dificuldade do empresário ou do gestor, muitas vezes contratado e não proprietário, que tem dificuldade de se colocar em um patamar de não-julgamento. Quando falo isso, não estou mencionando o fato de que muitos olham o consultor como alguém que está olhando a empresa e falando das suas falhas, mas não-julgar a si mesmo, o seu próprio negócio.


Olhar de fora é uma técnica de descolamento, desconexão mesmo, muito próxima da amizade verdadeira, onde, se você olhar o amigo com os seus próprios olhos, não será possível entregar a sua melhor percepção.


Podemos tomar como exemplo, sem adentrar na profundidade dos estudos, experimentos quânticos onde o observador interfere diretamente no resultado. Ou seja, não há possibilidade de se obter resultados nessa área sem que o observador seja levado em conta. Nesse caso aqui, queremos justamente o contrário, pelo menos nesse momento.


Nada do que eu disser agora sobre o teu negócio vai servir, se você não se colocar do lado de fora por um instante.

E é por isso que muitas vezes muitos processos se tornam lentos. Estamos sendo boicotados dentro de casa. Muitas vezes você não percebe que está escondendo o seu maior tesouro. Deixando aquela fatia de bolo mais saborosa dentro de um pote, pra ninguém ver.

Só que de tanto esconder, ela vai estragar, e nem mesmo você vai poder se deliciar com isso. E tem algo pior: ela vai deixar um cheiro horrível na geladeira.


 

Gostou no conteúdo? Que tal escolher algo que realmente esteja precisando de um olhar mais técnico no seu negócio e chamar um profissional para observar? Te convido a ficar do lado de fora junto com ele, para que o cheiro da geladeira não interfira na sua percepção.


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